O Brasil está passando, em 2024, pela seca mais extensa e intensa dos últimos 70 anos, segundo dados divulgados pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
De acordo com o órgão, 58% de todo o território nacional está sob condições de seca, o que equivale a 5 milhões de km². Esse cenário supera o registrado em 2015, quando o país também enfrentou uma grave estiagem.
A análise foi realizada com base no Índice de Precipitação Padronizado de Evapotranspiração, que abrange dados de 1950 a 2024. O índice leva em consideração tanto a quantidade de chuva quanto a água que se perde por meio de evaporação e transpiração das plantas, oferecendo um panorama detalhado sobre a distribuição hídrica no país.
Além de evidenciar a gravidade da atual seca, o levantamento mostra que esses períodos de estiagem têm se tornado mais frequentes e severos nos últimos anos, com eventos críticos ocorrendo em 2015 e 2016.
A situação tem desencadeado uma série de problemas ambientais e sociais. Recentemente, quase 40% da Floresta Nacional de Brasília foi consumida por um incêndio, que pode ter sido causado de forma criminosa. Incidentes como esse, agravados pelas condições climáticas extremas, forçaram até a suspensão de aulas em escolas de Planaltina, devido à fumaça intensa provocada pelas queimadas.
Com uma extensão territorial vasta e diversas regiões enfrentando diferentes desafios climáticos, o Brasil lida com as consequências da escassez de chuvas e o aumento das temperaturas. A tendência é que esses eventos se tornem cada vez mais comuns, exigindo medidas eficazes de prevenção e mitigação para reduzir os impactos no meio ambiente e na população.