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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um tratamento inovador que pode reduzir significativamente a mortalidade causada pela febre amarela.
O estudo concluiu que a troca plasmática terapêutica aumenta as chances de sobrevivência de pacientes que apresentam insuficiência hepática aguda, uma das complicações mais graves da doença.
A terapia consiste na substituição do plasma sanguíneo do paciente pelo plasma de doadores saudáveis.
A insuficiência hepática impede o fígado de filtrar corretamente o sangue, resultando no acúmulo de toxinas na corrente sanguínea.
Ao substituir o plasma comprometido, o tratamento melhora a função hepática e aumenta a sobrevida dos pacientes.
No estudo conduzido pela USP, 66 pacientes foram submetidos a diferentes abordagens da troca plasmática terapêutica.
Eles foram divididos em três grupos: o primeiro recebeu apenas o tratamento padrão em terapia intensiva; o segundo passou por trocas plasmáticas em alto volume por três dias consecutivos; e o terceiro recebeu duas sessões diárias do procedimento, além da infusão de plasma fresco congelado.
Os resultados mostraram que o terceiro grupo apresentou uma redução de 14% na mortalidade em comparação com os demais.
Para os pesquisadores, isso indica que a substituição do plasma pode ser uma estratégia eficaz para reduzir as mortes causadas por complicações da febre amarela.
O estudo reforça a importância de avanços na abordagem terapêutica da doença, especialmente em casos mais graves.
Os pesquisadores agora trabalham para expandir os testes e avaliar a viabilidade do tratamento em larga escala, com o objetivo de torná-lo acessível a mais pacientes no futuro.