A cidade do Rio de Janeiro viveu um dia de caos nesta segunda-feira, 23, com um recorde no número de ônibus incendiados em um único dia.

De acordo com a Rio Ônibus, o sindicato que representa as empresas de transporte rodoviário do município, um total de 35 veículos foram queimados, incluindo 20 da operação municipal, cinco BRTs e outros dez de turismo e fretamento.

Os ataques aconteceram principalmente na Zona Oeste da cidade, resultando em diversas vias interditadas e uma forte presença das equipes de bombeiros e da Polícia Militar para reforçar a segurança.

O Centro de Operações Rio (COR-Rio) informou que os incidentes ocorreram em várias áreas, incluindo Guaratiba, Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba, Campo Grande e Avenida Brasil.

As informações preliminares apontam que os incêndios foram realizados por milicianos em resposta à morte de um dos integrantes do grupo durante um confronto com a Polícia Civil.

A vítima, identificada como Matheus da Silva Rezende, era sobrinho de um dos líderes da milícia

e teria sido alvejada durante uma operação na comunidade Três Pontes, também na Zona Oeste do Rio. Rezende era considerado o segundo na hierarquia da milícia da região, que é considerada a maior do Rio de Janeiro.

A onda de violência fez com que a cidade entrasse em estado de atenção, com autoridades policiais atuando para conter os ataques e prender os responsáveis.

Até o momento, 12 suspeitos foram detidos em conexão com os ataques a ônibus, e as autoridades planejam enviá-los para presídios federais como medida de segurança.

A situação permanece tensa no Rio de Janeiro, com as autoridades trabalhando para restaurar a ordem e garantir a segurança dos cidadãos diante dos desdobramentos desses ataques da milícia.