Uma nova e promissora parceria entre a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade de São Paulo (USP) e organizações do setor privado está focada no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças negligenciadas, como malária, leishmaniose e doença de Chagas. O objetivo é criar fármacos que possam atender à crescente demanda global por soluções de saúde para essas condições. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,6 bilhão de pessoas foram afetadas por doenças tropicais negligenciadas. Apesar de uma redução de 26% na incidência dessas doenças, os números ainda estão aquém da meta global de redução de 90% até 2030, conforme apontado no Relatório Global de Doenças Tropicais Negligenciadas, divulgado em maio de 2024. Essas doenças, que incluem uma variedade de condições tropicais graves, têm sido historicamente subfinanciadas e negligenciadas em termos de pesquisa e tratamento. Elas afetam principalmente países de baixa e média renda, contribuindo para ciclos geracionais de pobreza e custando bilhões de dólares anualmente. A iniciativa busca enfrentar esses desafios por meio de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo especialistas em química, medicina e biologia, além de promover uma colaboração estreita com a indústria farmacêutica e organizações de apoio. A parceria pretende não apenas avançar na criação de novos tratamentos, mas também fortalecer a infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento no combate a essas doenças. A esperança é que, com o apoio dessa colaboração, novas soluções eficazes possam ser desenvolvidas, contribuindo para a redução significativa da carga global das doenças negligenciadas e melhorando a qualidade de vida para milhões de pessoas afetadas em todo o mundo.