O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) incluiu, em seu novo Plano da Operação Energética 2025, a recomendação da possível retomada do horário de verão como uma medida para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico brasileiro, especialmente nos horários de pico, no fim da tarde.

O relatório aponta que, caso não ocorram novos leilões de contratação de potência, o país poderá enfrentar dificuldades para garantir o suprimento de energia entre os anos de 2025 e 2029. A preocupação maior está no atendimento à demanda no início da noite, período em que o consumo aumenta e a geração de energia solar se reduz drasticamente.

Nos últimos anos, houve um avanço significativo na inserção de fontes renováveis, como a solar e a eólica, na matriz energética brasileira. No entanto, essas são fontes consideradas intermitentes, ou seja, não garantem fornecimento contínuo, já que dependem de fatores climáticos e ambientais.

Para compensar essa oscilação, o ONS também prevê o aumento do uso de usinas térmicas flexíveis, que podem ser ativadas com rapidez para atender às variações do consumo de energia.

O horário de verão, que foi suspenso em 2019, historicamente adiantava os relógios em uma hora durante os meses mais quentes, visando justamente o alívio da demanda energética nos períodos de maior consumo. Embora o plano mencione a possibilidade de retomada da medida, uma recomendação mais firme ainda dependerá das projeções atualizadas de demanda nos próximos meses.