João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, faleceu neste domingo (19), no Rio de Janeiro, aos 92 anos.

O comunicador, uma das vozes mais marcantes da televisão brasileira, estava internado há 13 dias no Hospital Rio D’Or e foi diagnosticado com câncer de pâncreas.

Nascido em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, em 22 de julho de 1932, Léo Batista iniciou sua trajetória no serviço de alto-falantes de sua cidade natal.

Filho de imigrantes italianos, construiu uma carreira brilhante no rádio e na televisão, se tornando um dos principais nomes do jornalismo esportivo do país.

Léo começou sua carreira como locutor na Rádio Clube de Birigui e, mais tarde, passou por emissoras como a Rádio Difusora de Piracicaba e a Rádio Globo no Rio de Janeiro. Em 1955, estreou na TV Rio, onde apresentou por 13 anos o Telejornal Pirelli.

Em 1970, ingressou na Rede Globo, onde permaneceu por mais de cinco décadas. Com um estilo descontraído e carisma inconfundível, apresentou quadros esportivos e programas como o Globo Esporte, que ajudou a criar em 1978.

Também teve participações no Jornal Nacional e no Fantástico, sendo especialmente lembrado por anunciar os resultados da loteria esportiva ao lado da famosa “zebra”.

Léo Batista foi um dos jornalistas que transmitiram a primeira partida oficial de Garrincha e era torcedor do Botafogo. Sua história foi celebrada no ano passado com a série documental Léo Batista — A Voz Marcante, exibida pelo SporTV.

Léo foi pioneiro na cobertura de eventos esportivos e narrou momentos históricos, como a Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil.

Sua paixão pelo esporte e pela comunicação o levou a ultrapassar fronteiras, consolidando-se como um dos maiores nomes da mídia esportiva nacional.

Casado por muitos anos com Leyla Chavantes Belinaso, falecida em 2022, Léo Batista deixa dois filhos e um legado que se confunde com a própria história da comunicação esportiva brasileira.