Maioria dos apostadores no Brasil utiliza plataformas ilegais, aponta pesquisa

SITE PROIBIDO

Seis em cada dez apostadores brasileiros estão usando plataformas ilegais de apostas online, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Jogo Responsável. A pesquisa revela ainda que, em muitos casos, os usuários nem sabem que estão em sites fora da lei.

De acordo com os dados, 78% dos entrevistados afirmam ter dificuldade em distinguir sites legais dos ilegais e 72% relatam que nem sempre conseguem verificar a regularidade das plataformas. Além disso, 46% dos participantes admitiram já ter depositado dinheiro em um site que depois descobriram ser falso ou irregular.

O estudo destaca que sites ilegais costumam usar nomes semelhantes aos oficiais, mudam de domínio com frequência e são promovidos por influenciadores com promessas de ganhos fáceis.

O problema atinge principalmente pessoas com menor renda e escolaridade, que têm menos acesso a informações sobre segurança e proteção nas apostas online.

Além dos prejuízos aos apostadores, o impacto também é significativo para os cofres públicos. Estima-se que até 51% do mercado de apostas online no Brasil ainda opere na ilegalidade. Apenas nos três primeiros meses deste ano, a perda em arrecadação de impostos foi entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,7 bilhões. Em um ano, o prejuízo pode chegar a R$ 10,8 bilhões.

Para identificar uma plataforma confiável, especialistas orientam que os usuários busquem sempre por sites com final “.bet.br”, autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda e procedimentos de segurança, como reconhecimento facial e exigência de documentos de identificação.

Além disso, as plataformas regulamentadas só aceitam pagamentos por Pix ou débito em conta no nome do próprio apostador. Não é permitido o uso de cartão de crédito ou criptomoedas. Elas também oferecem ferramentas de controle, como limites de perdas, alertas de risco e possibilidade de autoexclusão.

A lista atualizada das 79 empresas autorizadas a operar no país pode ser consultada no site oficial do Ministério da Fazenda.

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