Glaucoma é a Segunda Maior Causa de Cegueira no Mundo, Segundo Estudo da OMS

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Genebra, 24 de julho de 2024 — Um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. A prevalência global da doença é de aproximadamente 1 a 2%, e no Brasil, estima-se que cerca de 900 mil pessoas sejam portadoras da doença.

O glaucoma é uma comorbidade silenciosa e progressiva, que pode causar perda visual definitiva devido à danificação do nervo óptico, geralmente associada ao aumento da pressão intraocular. Estima-se que em 2040, o número de portadores da doença possa chegar a 111 milhões. A maior prevalência do glaucoma é encontrada em populações afrodescendentes e asiáticas, acima de 60 anos, sendo a forma mais comum o glaucoma primário de ângulo aberto.

Segundo especialistas, os fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem idade avançada, histórico familiar, miopia, hipertensão ocular, diabetes, uso prolongado de corticoides e traumas oculares. A genética desempenha um papel significativo, com vários genes associados ao risco aumentado de desenvolver a doença. Devido a isso, a identificação precoce desses fatores de risco é fundamental para a prevenção e controle da doença.

Muitas vezes, os sintomas do glaucoma são silenciosos nos estágios iniciais, especialmente no caso do glaucoma de ângulo aberto. À medida que a doença progride, os pacientes podem apresentar perda de visão periférica, resultando em uma visão tubular. Em casos mais graves, podem ocorrer dores oculares severas, náuseas, vômitos, visão turva e halos ao redor de luzes, principalmente no glaucoma de ângulo fechado.

O diagnóstico precoce do glaucoma é essencial para prevenir a progressão da doença e a perda irreversível da visão. Os métodos de diagnóstico incluem exames que medem a pressão intraocular, que avaliam o ângulo de drenagem do olho, o nervo óptico e que testam o campo visual. A Tomografia de Coerência Óptica (OCT) é uma técnica avançada que fornece imagens detalhadas das camadas da camada de fibras nervosas e da retina.

O tratamento do glaucoma visa reduzir a pressão intraocular para prevenir danos adicionais ao nervo óptico. As opções de tratamento incluem medicações (colírios), e nos casos em que a medicação não é suficiente, procedimentos cirúrgicos podem ser considerados. Há também cirurgias que criam uma nova via de drenagem para redução da pressão intraocular. Técnicas de laser também são opções eficazes para certos tipos de glaucoma.

O monitoramento contínuo é crucial para pacientes com glaucoma, devido à natureza crônica e progressiva da doença. Consultas regulares com um oftalmologista, acompanhadas de exames de pressão intraocular, avaliação do nervo óptico e campo visual, ajudam a ajustar o tratamento conforme necessário e a evitar a progressão da doença.

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