Brasil Enfrenta Níveis de Umidade do Ar Inferiores aos do Deserto do Saara; Alerta de Incêndios e Crise Hídrica Agravam Situação

QUALIDADE DO AR
Um levantamento recente da empresa de meteorologia Metsul revelou que o Brasil está vivenciando níveis de umidade do ar extremamente baixos, comparáveis aos registrados no deserto do Saara, no norte da África. Enquanto o Saara tem observado índices relativamente altos de umidade para seus padrões, inclusive com a possibilidade rara de chuvas, o Brasil enfrenta uma seca prolongada que tem exacerbado a crise hídrica e o risco de incêndios em diversas regiões. Segundo o relatório, em setembro, quase todas as regiões do Brasil estão registrando níveis de umidade relativa do ar iguais ou inferiores a 10%. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para baixa umidade em várias áreas, incluindo o Distrito Federal, São Paulo e outros 15 estados, indicando uma situação crítica para a saúde e o bem-estar da população. A principal causa desse fenômeno é uma massa de ar excepcionalmente seca que está estacionada sobre o território brasileiro. A Metsul destacou que, embora a região central do Brasil já experimente baixos níveis de umidade nesta época do ano, a situação atual é agravada por uma combinação de fatores. A seca prolongada começou mais cedo do que o usual e a frequência de frentes frias alcançando o centro do país tem sido menor, intensificando o ciclo de baixa umidade e altas temperaturas. Além do impacto na umidade do ar, a seca severa tem levado à redução dos níveis dos rios, com a Amazônia particularmente afetada. O Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) reportou mais de 8.200 focos de incêndio nas últimas 48 horas em todos os biomas brasileiros, com várias frentes de fogo ativas. Para comparar a umidade do ar no Brasil e no Saara, a Metsul utilizou dados de observação de superfície e modelos numéricos, coletando informações de estações meteorológicas em aeroportos das capitais localizadas na região desértica do norte da África. Os índices de umidade mais baixos registrados no Saara variaram entre 36% e 59%, destacando a gravidade da crise no Brasil, onde os níveis de umidade estão muito abaixo desses valores. A situação reflete uma crise climática intensa que afeta o Brasil de forma preocupante neste período, com consequências diretas para a saúde pública, segurança e meio ambiente. As autoridades recomendam que a população tome medidas para minimizar os riscos associados à baixa umidade, e reforçam a importância da prevenção de incêndios e da conservação dos recursos hídricos.

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