O Ministério da Saúde anunciou uma mudança importante no esquema de vacinação contra a poliomielite no Brasil. A partir de agora, a vacina injetável (VIP), que utiliza o vírus inativado, será a única utilizada no país. Com essa alteração, a versão oral da vacina (VOP), conhecida popularmente como “gotinha”, que utilizava o vírus vivo enfraquecido e era aplicada como reforço, não será mais oferecida.

A decisão de modificar o esquema vacinal foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações internacionais, com o objetivo de tornar a vacinação ainda mais segura e eficaz. O novo protocolo de imunização prevê que, no esquema básico, as crianças continuarão recebendo três doses da vacina injetável (VIP) aos 2, 4 e 6 meses de vida. No entanto, a mudança afeta o reforço: em vez das duas doses de reforço com a vacina oral (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos, as crianças receberão apenas uma dose de reforço injetável aos 15 meses.

A poliomielite é uma doença viral altamente contagiosa que pode causar paralisias irreversíveis e até a morte. No entanto, a doença é completamente evitável com a vacinação. O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu o certificado de eliminação da doença pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Apesar da erradicação no país, o Ministério da Saúde reforça a importância da manutenção das altas taxas de vacinação para garantir que a doença continue eliminada e que a população permaneça protegida.

Com essa mudança no esquema vacinal, o governo busca garantir maior segurança no processo de imunização, além de seguir as recomendações globais que priorizam a vacina injetável como forma mais segura de prevenção.