A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) deu um passo significativo no combate à hanseníase ao autorizar o início dos testes de uma vacina inovadora no Brasil. O estudo será conduzido no Instituto Oswaldo Cruz, em São Paulo, com o apoio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, que atuará como patrocinador da pesquisa.

A pesquisa envolverá 54 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos, que nunca contraíram a doença. O principal objetivo do estudo é avaliar a segurança da vacina e investigar sua eficácia em duas formulações diferentes, que variam em doses baixa e alta de antígeno.

Os voluntários serão divididos em três grupos: dois receberão a vacina (um com dose baixa e outro com dose alta), enquanto o terceiro grupo receberá um placebo. O esquema de vacinação inclui três aplicações, com intervalos de 28 dias entre cada dose. Após o ciclo de vacinação, os participantes serão acompanhados por um período de 420 dias, durante o qual os pesquisadores monitorarão os efeitos da vacina e sua eficácia no combate à hanseníase.

Essa iniciativa representa um avanço significativo na saúde pública, uma vez que a hanseníase, embora controlável, ainda afeta milhares de pessoas em todo o mundo, incluindo no Brasil. A expectativa é que essa nova vacina traga esperança renovada para o controle e, quem sabe, erradicação dessa doença.