O Brasil registrou uma queda de 18% no número de trabalhadores domésticos com carteira assinada nos últimos dez anos. Os dados constam no Sumário Executivo da RAIS/eSocial, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Em 2015, o país contava com aproximadamente 1,64 milhão de vínculos formais no setor. Já em 2024, o número caiu para cerca de 1,34 milhão, o que representa uma perda de quase 300 mil postos com carteira assinada.

A redução do trabalho formal entre domésticos foi registrada em quase todos os estados brasileiros, com exceção de Roraima, Tocantins e Mato Grosso. As maiores quedas ocorreram no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O levantamento também aponta mudanças no perfil desses profissionais. Em 2024, 89% dos trabalhadores domésticos com carteira assinada eram mulheres — número ligeiramente inferior ao registrado em 2015, quando eram 90,5%. A presença de pessoas negras no setor aumentou, representando 54,4% do total em 2024.

A faixa etária média dos trabalhadores também mudou: 45% têm 50 anos ou mais. Já entre os mais jovens, especialmente no grupo de 30 a 39 anos, foi registrada uma queda na participação.