Presidente da CBF é removido do cargo

Ednaldo Rodrigues

A Justiça proferiu uma determinação impactante, ordenando a retirada imediata do atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, de seu cargo.

A decisão, emanada pela 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), estabelece que José Perdiz, atual presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assumirá interinamente a presidência da CBF como interventor.

Perdiz, agora no comando máximo do futebol nacional, terá um prazo de 30 dias para conduzir uma nova eleição presidencial, destinada a escolher o novo líder da organização.

Esta medida surge em resposta à invalidação, pelos magistrados do TJ-RJ, do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a CBF em março de 2022, considerado ilegal.

A CBF, por sua vez, anunciou sua intenção de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília, buscando reverter a decisão. Caso tenha sucesso, Ednaldo Rodrigues poderá retornar à presidência.

O TJ-RJ considerou o TAC inválido, alegando que o documento, que fundamentou a eleição de Ednaldo, carecia de legitimidade, pois a CBF é uma entidade privada.

Esta decisão também invalida eleições anteriores, incluindo a de Rogério Caboclo, realizada em abril de 2018, e a própria eleição de Ednaldo em março de 2022.

A FIFA informou que está “observando” a situação, ressaltando que a entidade não aceita intervenções da Justiça comum em suas associações afiliadas.

Há preocupações de que essa interferência judicial possa resultar na suspensão da CBF, impactando a participação da seleção brasileira e de clubes do país em competições internacionais.

Entretanto, de acordo com apuração da reportagem, a FIFA entende que a decisão do TJ-RJ decorre de uma ação movida pelo próprio Ednaldo, e não de agentes externos, o que pode influenciar a posição da entidade diante do ocorrido.

Compartilhe

Outras publicações

0%