Entre 1º de janeiro e 11 de agosto de 2024, mais de 100 mil bebês nascidos no Brasil foram registrados sem o nome do pai, conforme dados do Portal da Transparência do Registro Civil. Ao todo, 101.547 crianças receberam apenas o nome da mãe em suas certidões de nascimento, representando cerca de 7% dos 1.491.275 nascimentos registrados no país durante esse período.
Embora a quantidade de registros sem o nome do pai seja menor do que em anos anteriores, a ausência ainda representa um desafio significativo. Desde janeiro de 2016, o total de crianças registradas apenas com o nome da mãe sobe para 1.293.377, em um universo de mais de 23,2 milhões de nascimentos.
Proporcionalmente, a região Norte do Brasil apresenta a maior taxa de registros sem a paternidade informada, com 8% dos nascimentos. O Nordeste segue com 6%, enquanto o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste apresentam porcentagens semelhantes, em torno de 5%.
Esses números destacam a persistente questão da ausência do nome do pai no registro civil e evidenciam a necessidade de políticas e programas que incentivem a inclusão de ambos os pais nos registros de nascimento, refletindo a diversidade das famílias brasileiras e promovendo maior equidade no reconhecimento legal da paternidade.