A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou que a bandeira tarifária vermelha nível 2, a mais alta da escala, será aplicada nas contas de luz a partir de outubro. Com essa medida, os consumidores brasileiros enfrentarão um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Essa é a primeira vez em mais de três anos que a bandeira vermelha nível 2 é acionada. Em agosto, os consumidores estavam sob a bandeira verde, que não acarretou cobrança adicional. No entanto, em setembro, a bandeira vermelha nível 1 já havia elevado as tarifas, embora de forma menos intensa do que ocorrerá agora.
A decisão da ANEEL reflete a preocupação com a diminuição dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, causada pelo forte calor e pelas condições secas que afetam grande parte do país. Essa situação forçará o Brasil a depender mais de usinas térmicas, que têm um custo de geração mais elevado.
A ativação da bandeira vermelha nível 2 implica que parte do aumento nos custos de geração de energia será repassada aos consumidores. Em nota, a ANEEL ressaltou que o sistema de bandeiras tarifárias permite que os cidadãos desempenhem um papel ativo na gestão de suas contas de luz. Com a informação antecipada sobre o acréscimo no custo de energia, os consumidores podem ajustar seu consumo e tentar reduzir o valor total a ser pago.
Diante da previsão de continuidade das condições climáticas adversas e da baixa nos níveis dos reservatórios, o aumento nas contas de energia pode persistir nos próximos meses, gerando crescente preocupação entre a população.